É muito difícil encontrar alguém que não tenha tido ao menos uma “infecção de garganta” na vida, não é mesmo?
Causada por vírus (mais comum em crianças), bactérias (mais comum em jovens e adultos), ou associação desses dois agentes, esse processo infeccioso atinge as amigdalas, que são órgãos linfóides localizados no fundo da garganta.
Juntamente com a adenóide, são estruturas linfáticas de defesa do nosso corpo na infância. Quando esse processo infeccioso é muito recorrente, temos o que chamamos de amigdalites de repetição.
A amigdalite pode causar diversos sintomas, como:
Dor de garganta;
Febre;
Redução de apetite;
Halitose (mau hálito);
Dor de ouvido;
Dificuldade para engolir;
Inchaço na região do pescoço e mandíbula;
Vermelhidão e/ou pontos de pus nas amigdalas.
Existem outras patologias que também cursam com dor de garganta e a avaliação de uma médico especialista é importante para o diagnóstico preciso.
A maioria dos quadros de amigdalite não apresenta maiores riscos, mas é importante buscar ajuda médica especializada principalmente quando:
Os sintomas perdurarem por mais de três dias sem nenhuma melhora no quadro; OU
O paciente apresentar problemas para respirar; OU
Caso a dor e / ou inchaço impeçam o paciente de se alimentar e ingerir líquidos.
No caso das amigdalites causadas por vírus, o tratamento é realizado com medicamentos analgésicos e sintomáticos. Já nas amigdalites bacterianas, o tratamento inclui o uso de antibióticos, que devem ser utilizados de acordo com as orientações do médico responsável.
É muito comum que, com a melhora dos sintomas, os pacientes suspendam a utilização do antibiótico antes do tempo prescrito. Contudo, não realizar o tratamento de forma completa pode levar a uma complicação séria, de âmbito coletivo, que é a tal da “resistência bacteriana”, além de outras tantas. Portanto, uma vez iniciado um tratamento com antibiótico complete o ciclo, por favor!
A amigdalite de repetição
Mas no que consiste a amigdalite de repetição?
O processo infeccioso que causa a amigdalite de repetição é bastante comum, mas alguns indivíduos apresentam esta condição com uma frequência muito elevada.
Não há consenso sobre a indicação de amigdalectomia por infecções recorrentes. Alguns critérios amplamente utilizados são:
– Freqüência:
– 7 ou mais episódios em 1 ano ou
– 5 ou mais episódios por ano, em 2 anos consecutivos ou
– 3 ou mais episódios por ano, em 3 anos consecutivos.
Cada episódio deve apresentar pelo menos uma das seguintes características:
• Temperatura oral maior ou igual a 38,3°C.
• Linfadenomegalia cervical maior que 2 cm
• Exsudato amigdaliano
• Cultura de secreção faríngea positiva para estreptococo beta-hemolítico do grupo A
Nesses casos, após uma avaliação do quadro e do histórico do paciente, o médico pode recomendar uma cirurgia para a retirada das amigdalas, em comum acordo com o paciente.
Infecções constantes e consumo excessivo de medicamentos levam a um prejuízo considerável na qualidade de vida do paciente, tanto pessoal quanto social e profissionalmente.
Se esta situação é familiar a você, procure ajuda de um otorrinolaringologista da sua confiança e converse com ele sobre as melhores abordagens para te ajudar a resolver a amigdalite de repetição da melhor maneira possível.