Qualidade de vida aos anos vividos é cada vez mais discutida em nossa sociedade e buscada pelas pessoas. Para isso, uma boa noite de  sono é de importância fundamental. O que antes era tido como um problema irremediável, a apneia do sono, deixou de ser uma questão impossível e já podemos lançar mão de novas e modernas técnicas e dispositivos para melhorar a qualidade do sono de nossos pacientes.


A procura por ajuda médica e multidisciplinar para amenizar este problema e garantir um sono mais saudável, e por consequência uma vida melhor, é cada vez maior.
Muito se pergunta sobre a tal “cirurgia do ronco”! Mas como essa cirurgia funciona? É para todo mundo que ronca? Para esclarecer essas e outras dúvidas, confira esse material que preparamos para você!
 

O que é apneia do sono?

 
A apnéia do sono, assim como o ronco, é causada pelo estreitamento das vias respiratórias. Esse estreitamento pode ter diversos agentes causadores como a obstrução nasal crônica (que, por sua vez, tem diversas origens também), obesidade, aumento das amígdalas, flacidez excessiva da musculatura de vias aéreas, entre outros fatores. Com isso, a passagem de ar fica prejudicada causando uma parada temporária na respiração, que pode ser de 10 segundos ou mais.
Com essas paradas, o sono da pessoa fica extremamente prejudicado, impossibilitando o descanso efetivo e reparador. As consequências de seguidas noites de sono mal dormidas têm impacto tanto na nossa saúde física, quanto intelectual e emocional. Como resultado, diversos sintomas podem se apresentar, entre eles:




  • Excesso de sonolência durante o dia;
  • Dificuldade para concentração e foco;
  • Problemas de memória;
  • Cefaleia matinal;
  • Irritação;
  • Indisposição;
  • Diminuição da libido (desejo sexual);
  • Maior tendência à ansiedade ou depressão;
  • Alterações frequentes de humor;
  • Entre outros.
     
    Além disso, quem sofre de apnéia do sono também está predisposto a outros problemas graves de saúde, como o aumento da pressão arterial, arritmia cardíaca, alterações hormonais e metabólicas, problemas de oxigenação sanguínea, etc. É importante lembrar que não é necessário apresentar todos os sintomas para buscar a ajuda de um médico especialista. 
     

A cirurgia para apnéia do sono

 
Esse procedimento, formalmente chamado de uvulopalatofaringoplastia, é uma das alternativas para o tratamento de quadros de apneia obstrutiva do sono, entre outros tantos. Não são todos os pacientes que tem apnéia do sono que tem indicação para uvulopalatofaringoplastia. Existem muitos critérios e somente um especialista poderá avaliar individualmente cada caso. Muito frequentemente, as terapias são combinadas, ou seja, mais de uma proposta terapêutica para tratar a apnéia do sono e ajudar na desobstrução das vias aéreas.
Na uvulopalatofaringoplastia, o cirurgião remove os tecidos e estruturas que impossibilitam a passagem adequada do ar pela orofaringe durante o sono. Em boa parte dos casos, é feita a remoção das amígdalas e os músculos presentes na faringe podem ser reposicionados para proporcionar uma respiração mais livre.
Durante a cirurgia, o médico também pode realizar a correção de desvio de septo e outras intervenções que considerar necessárias que possam ajudar na respiração do paciente.
 

Recuperação

 
 A cirurgia para apneia do sono envolve um processo pré, intra e pós operatório. É necessário avaliar o histórico do paciente e seu estado de saúde atual. Alguns exames laboratoriais e avaliações específicas são solicitados com a intenção de minimizar os riscos cirúrgicos.
Após o procedimento, o paciente costuma sentir dor na região da garganta e um pouco de desconforto para falar e se alimentar nos primeiros dias, em torno de uma semana. Atividades físicas ficam restritas por pelo menos 15 dias.
É muito importante seguir todas as orientações do médico de forma correta para garantir um melhor resultado cirúrgico e diminuir as chances de intercorrências pós operatórias.